Humanos, demasiado humanos


 

    A figura humana entra, em força, na Arte rupestre, a partir do início do Holoceno. Numa primeira fase, surge integrada em painéis que incluem relações entre humanos e animais, nomeadamente cenas de caça. Essas figuras, mais ou menos estilizadas, aparecem, com frequência, cheias de movimento e são resultado de uma observação atenta e uma criatividade gráfica notáveis. Para além da caça (e, pontualmente, da guerra), as figuras humanas são apresentadas, muitas vezes, em atividades lúdicas ou rituais, nomeadamente danças ou cerimónias coletivas.
    O crescente domínio da Natureza, sobretudo após a adopção da domesticação de animais e plantas (Neolítico), acentuou essa supremacia dos humanos, nas representações gráficas.

    


Tal como aconteceu com as representações de animais, a figura humana foi, a partir do Neolítico, objeto de um processo de esquematização, em que não faltam exemplos de notável criatividade.





Muitas das figurações antropomórficas pretendem representar entidades não humanas, nomeadamente seres míticos (deuses, heróis, demiurgos, espíritos...). 

Sem comentários:

Enviar um comentário